Tirando a poeira

Já faz mais de dois meses que não venho aqui. Na verdade vim, rabisquei uns contos que não tinham muita história em si para contar… escrevi algo que agora nem faz mais sentido relatar.

Mas como esse é um espaço quase autista, voltado para o infinito contido na cabeça que meu pescoço sustenta, então nada mais justo do que escrever e relatar só quando dá na venta.

Lapso poético poderia supor, para abrandar a mesmice de não saber o que escrever.

Este desenho foi uma primeira iniciativa de um curso de edição não-linear. Para trabalhar filtros e sombras do Photoshop. Já faz mais de três anos… voltando ao tema.

Começo de eleições – o que vale a pena saber

Agora que começaram as eleições talvez passe despercebido quem realmente são os candidatos.

Acho que vale a pena, pelo menos para presidente e governador, dar uma lida de quais são os planos de governo que eles têm.

E que tal fazer uma lista de perguntas interessantes e que são importantes, no seu ponto de vista, que os candidatos a parlamentares e/ou chefes do Executivo respondam? Que tal se, a cada vez que você receber um santinho, você mandar essas mesmas perguntas para o candidato em questão?

Assim, você forçará que ele responda às suas perguntas. Caso não o faça, já saberá em quem não votar.

É uma chance de tentar forçar um contato maior com os candidatos e saber o que eles realmente pensam e se eles merecem ou não o seu voto.

Vale a pena tentar!

Chávez – a melhor caricatura anti-comunista

Cheguei a uma conclusão: o presidente Hugo Chávez é a melhor caricatura anti-comunista que qualquer pessoa que fosse contra esse ideal pudesse pensar. Dizer que o terremoto no Haiti é culpa dos Estados Unidos é algo impensável para quem ainda não está versado em teorias de conspiração. Mas o que dizer do nosso amigo general, com seu uniforme estilo Mônica (sempre a mesma roupinha), ele é insuperável em suas afirmações.

Dá até pra imaginar o Putin falando:

– Companheiro, sei que você tem mais oratória e credibilidade para noticiar esse fato estarrecedor dos reais culpados pelo terremoto haitiano. A informação é minha, mas se você falar que é sua, da sua Bolivariana e Revolucionária cabeça, melhor ainda!

– Já imagina isso quanto comecei a sentir cheiro de enxofre vindo também daquele pseudo Nobel da Paz, Obama Hussein. O verdadeiro merecedor do prêmio sabemos que é nosso querido irmão de luta Evo Morales; respondeu Chávez.

Chávez, prato cheio para quem quer falar mal do comunismo, tristeza para quem fala do “outro mundo possível” regado com essa ideologia.

PS: Ele pelo menos não ficou mais paparicando o Zelaya, viu que existia doido mais doido =P

Homenagem à Zilda Arns

Foi, com certeza, uma mulher que soube viver a vocação a que cada um de nós leigos é chamado. Obrigado Drª Zilda, permaneça com Deus!

ZILDA ARNS: A MÁRTIR EM DEFESA DA VIDA QUANDO ESTÃO EM EVIDÊNCIA OS MENSAGEIROS DA MORTE

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010 | 16:07

A médica e militante católica Zilda Arns e outros 11 militares morreram no terremoto do Haiti. Falarei sobre o sentido, ou falta dele, da missão brasileira naquele país em outro post. Quero centrar minhas atenções um tantinho em Zilda.

Todos conhecem o formidável trabalho que esta mulher fez à frente da Pastoral da Criança. Uma ação de inequívoco apelo social, mas também de grandeza moral. Em vez de usar as dificuldades da população pobre como matéria de proselitismo, a exemplo de um sem-par de ONGs movidas a vigarice política, Zilda seguia a máxima cristã: deixava-se conhecer pela Palavra, mas também pela obra. A famosa “farinha múltipla” salvou certamente milhares de vidas. Como poderia dizer o grande poeta Bruno Tolentino, não é “mundo como idéia” que faz a realidade; é a realidade que fornece os elementos para que possamos conceituá-la. Zilda, como se diz, metia a mão na massa, trabalhava efetivamente para minorar o sofrimento daquelas pessoas que as esquerdas preferem chamar “os oprimidos”.

Não faz tempo, no surto de boçalidade que volta e meia toma conta do debate, especialmente na nossa gloriosa imprensa, Zilda chegou a ser tratada com certo menoscabo. A médica católica, a trabalhadora incansável em defesa das crianças, cometia dois pecados imperdoáveis para os brutos, para os ignorantes: era contra o aborto e se opunha à aprovação das pesquisas com células-tronco embrionárias. Em abril de 2008,  o Conselho Nacional de Saúde, instância deliberativa do SUS, aprovou a pesquisa. Dos 39 conselheiros presentes, só houve um voto contrário: o de Zilda.

São “brutos” e “ignorantes” todos os que não concordam com o seu ponto de vista? Não! A estupidez está em não reconhecer que a posição da médica  — que, sim, de fato, também é a minha — está assentada numa ética muito sólida, que não aceita negociar com a vida humana, qualquer que seja o pretexto. “Mas isso não é negociar etc”. Ok, estamos diante de um bom debate. Neste blog mesmo, como sabem, publico opiniões contrárias à minha, desde que o interlocutor não opte pela demonização do contraditório. É inaceitável, por exemplo, que se tente transformar a divergência num choque de “modernos” e “atrasados”. Porque isso me obrigaria a indagar se matar o feto é “moderno” em qualquer mês de gestação — o nono, por exemplo… Não sendo, o que distingue, essencialmente, o feto do nono mês do feto do, sei lá, segundo?

Bem, não quero retomar aqui, não agora, o longo debate envolvendo esses dois temas. O que pretendo reiterar é que Zilda Arns foi um exemplo notável de coerência, de dedicação à causa dos direitos humanos. Zilma morre, em missão num país paupérrimo, no momento em que as múmias bolcheviques, com o traseiro posto em suas cadeiras e a cabeça voltada para utopias liberticidas, incluem o descriminação do aborto como um dos “direitos humanos” — O QUE É UM ESCÂNDALO —, morre a médica do “passo”, não  a do “paço”, para ficar numa distinção de Padre Vieira; morre a médica que caminhava para levar assistência aos necessitados, em vez de se aboletar nos palácios.

Enquanto a esquerda de gabinete celebrava a sua tara pela morte naquele decreto vagabundo, Zilda celebrava a vida no Haiti. Os contrastes são ainda mais evidentes: enquanto ela morreu para dar a vida — e se opunha ao aborto —, outros viveram para matar, consideram o aborto uma redenção e tentam impô-lo à sociedade como medida de mero bom senso. Zilda se torna, assim, simbolicamente, uma espécie de mártir da causa da vida; os promotores do tal decreto se tornam, assim, agentes da morte.

Quando leio o que dizem algumas senhores pró-aborto de um movimento chamado “Católicas Pelo Direito de Decidir”, confesso que sinto certa sublevação estomacal. Em primeiríssimo lugar, quem é católico MESMO sabe que não tem “direito de decidir” sobre essa matéria. Zilda sabia: o ÚNICO caminho é a subordinação à doutrina.  Em segundo lugar, as pessoas são livres, aí sim, para renunciar ao catolicismo, que é uma escolha, não uma imposição.

Zilda morreu como viveu: servindo ao próximo, mudando objetivamente a vida das pessoas, atuando em favor dos mais necessitados, sem deixar que as condições as mais extremas abalassem a sua fé, os seus princípios, a sua disciplina católica. Mas não faltará, vocês verão, quem vá buscar ambigüidades em sua atuação, tentando ver uma antítese entre essa abnegação e sua subordinação aos princípios doutrinários da Igreja Católica.

Contradição? Zilda viveu a inteireza da experiência católica: deixou-se conhecer pela Palavra e pelas Obras. Foi, acima de tudo, coerente. E celebramos a sua obra e a sua fé.

Joga Arruda no Roriz

É impressionante como a imprensa está preguiçosa e não investiga se o Panetonegate é uma exclusividade na gestão Arruda ou se já havia algo parecido (talvez menor, talvez maio) já na gestão anterior. Boa parte dos atuais envolvidos (seja do executivo ou do legislativo) eram do governo Roriz, tinham cargos de importância no governo Roriz.

Não seria lógico que a imprensa investigasse essas ligações e saber como e quando começou tudo?Jornalismo investigativo não pode ser setorizado nesse ponto (investigo você, mas quem corrompia com você não), sob pena de outros envolvidos seguirem com seus esquemas e voltarem, mais uma vez, ao poder nesse Distrito Federal que tem política de município recém-emancipado.

E interessante também é ver como há dois pesos e duas medidas na hora de julgar os mensalões. Do jeito que estão as mobilizações agora e quando estourou o valerioduto parece que, assim como falam os marketeiros partidários, aquele não existiu. Os dois existiram sim, com ou sem vídeo (não bastam milhões sacados da mesma agência do Banco Rural atestando que era pra pagar deputados). Nada de investigação e opinião pública baseada só em Youtube. Imagens contam muito, mas nem só elas sabem informar.